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O queijo artesanal produzido com o leite de vacas Gir Leiteiro proporciona notas, sabores, texturas e sensações diferentes ao paladar.
30/07/2018

O queijo artesanal produzido com o leite de vacas Gir Leiteiro proporciona notas, sabores, texturas e sensações diferentes ao paladar.


O queijo artesanal produzido com o leite de vacas Gir Leiteiro proporciona notas, sabores, texturas e sensações diferentes ao paladar

Selecionadores de Gir Leiteiro e Girolando têm um incentivo a mais para prestigiar "O Fabuloso Gir Leiteiro e o Magnífico Girolando Meio-Sangue Plus", evento que abrirá as festividades da Mega Leite 2018, em Belo Horizonte, no dia 20 deste mês, às 21 horas, e que será transmitido pelo Canal Rural: Produtos artesanais com origem animal - queijos, salsichas, linguiças, presuntos, mortadelas, salames, geleias, entre outros - agora poderão ser comercializados em todo o país a partir de selo estadual. É o que estabelece o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 16/2018, sancionado pelo presidente Michel Temer ontem (13). Até então, os produtos artesanais com origem animal só poderiam ser comercializados fora do estado em que foram feitos caso tivessem o selo SIF (Serviço de Inspeção Federal), que pode levar cerca de dois anos para ser emitido pelo Ministério da Agricultura.

Os produtos passam a ser identificados em todo o país a partir de selos com a inscrição Arte, que serão concedidos pelos órgãos de saúde pública em cada estado. Por se tratarem de pequenos e médios produtores, as exigências de registro serão adequadas às dimensões de cada empreendimento, e os procedimentos deverão ser simplificados. Já a inspeção e fiscalização terão natureza prioritariamente orientadoras, com critério de dupla visita para a lavratura dos autos de infração. (informação publicada pelo MilkPoint).

A notícia complementa a quarta matéria do “Especial Queijos Artesanais” do MilkPoint, publicada ontem e reproduzida - em parte - abaixo. Na matéria a zootecnista Raquel Maria Cury Rodrigues divulgou entrevista exclusiva com Lucas Borges, Gerente Comercial da Fazenda Sant’Anna e participante do Caminho do Queijo Artesanal Paulista, que falou sobre a sua produção de queijos com leite oriundo de animais das raças Gir.

A Fazenda Sant’Anna, localizada em Pardinho/SP, desenvolve um trabalho de seleção de raças zebuínas há mais de 40 anos. Com uma sólida base genética de animais da raça Gir e com uma percepção de que o leite da raça apresentava sabor diferente dos demais, iniciou em 2014 um projeto para valorizar ainda mais esta matéria-prima tão diferente e especial. O projeto buscava fazer um queijo que ressaltasse ao máximo as notas e sabores deste leite e para isso, optou-se pelo processo de maturação em caves subterrâneas construídas na própria fazenda.

“Apresentamos os produtos para alguns amigos, chefs e especialistas em queijos que ficaram impressionados com o produto, fato que nos deixou ainda mais animados para desenvolver novas propostas de receitas que mostrassem toda a complexidade de sabores do leite do Gir e da maturação em caves”, disse Lucas Borges.

Hoje a produção média diária de leite da fazenda gira em torno de 500 litros. “Entretanto, esse volume varia já que contamos com uma maior variação dada a escolha pelo manejo exclusivo a pasto, com restrição de grãos e pela opção de utilizar o bezerro ao pé da vaca ao longo de toda a ordenha”, explicou Borges. Para comercializar os queijos da fazenda, foi criada a marca Pardinho Artesanal, que atualmente é representada por seis queijos, todos com sabores, texturas e sensações diferentes ao paladar.

“A paixão está principalmente na complexidade de trabalhar com o leite cru, os mofos e a maturação natural em cave. Nosso queijo é um elemento vivo e a flora ali presente precisa ser ‘domada’ e acompanhada diariamente para garantir o padrão dos nossos queijos. Em nossos produtos, há um conflito entre duas espécies de mofos, mas também, há uma harmonia proporcionada por meses de convivência de todos os elementos vivos ao longo da maturação. Há quebra de proteína e nascimento de novos sabores. Há controle rígido de qualidade sanitária e o toque manual do artesão. E você consegue sentir tudo isso quando coloca um pedaço de queijo na boca. Isso é o que realmente nos encanta e nos mantêm trabalhando e inovando!”.

Segundo ele, o principal desafio é fazer os produtos chegarem ao consumidor. “Hoje nosso esforço é concentrado em mostrar ao consumidor que é possível fazer produtos de excelência no Brasil, que podem competir de igual para igual com os importados e com a vantagem de gerar empregos e renda, fomentando a identidade cultural e gastronômica do país”. A Pardinho Artesanal alia o que há de mais tradicional (que é o uso de leite cru, a elaboração manual/artesanal e o não uso de maquinário) com o que há de mais avançado em termos de controle de qualidade do leite, produto e bem-estar animal.

Relatos iguais ao que foi pulicado pela MilkPoint e o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 16/2018, sancionado pelo presidente Temer, servem para impulsionar a produção de queijo artesanal.

Ademais, é bom lembrar que há um ano, em junho de 2017, queijeiros mineiros ocuparam todas as posições do pódio no 3º Concours Mondial du Fromage 2017, que foi realizado em Tours, na França. Mais de 700 queijos artesanais de 20 paises participaram do concurso internacional. Todos os queijos foram fabricados com leite cru. Os queijos de Minas Gerais conquistaram 11 premiações: uma de ouro, sete de prata e três bronze. Tulio Madureira, da região do Serro, conquistou bronze com o queijo produzido com leite de vacas Gir Leiteiro.
O feito dos queijeiros mineiros ganhou notoriedade porque existe uma disputa final entre todos os queijos que conquistaram ouro, e o melhor deles é premiado com o Super Ouro. Por analogia, é o queijo campeão dos campeões, o queijo supremo. Super Ouro é a premiação máxima do concurso. Marly da Cunha Leite, da região do Araxá, conquistou o Super Ouro com o queijo produzido com leite de vacas Girolando.

Em resumo, já foi pavimentado o caminho que deve ser percorrido por quem deseja atingir o sucesso econômico, produzindo queijo artesanal. Para percorrer esse caminho com celeridade é necessário ter vacas Gir Leiteiro ou vacas Girolando de alto rendimento. Animais iguais a Ostralina FIV do Basa (CA Sansão x Ibiuna FIV de Brasília, 10.018 kg de leite), rês que é neta materna de Tática (13.122 kg de leite) e Modelo.

Ostralina FIV do BASA será comercializada no Leilão "O Fabuloso Gir Leiteiro e o Magnífico Girolando Meio-Sangue Plus". O evento que abrirá as festividades da Mega Leite 2018, em Belo Horizonte, no dia 20 deste mês, às 21 horas, será transmitido pelo Canal Rural.

O catálogo do leilão, que também ofertará uma filha e uma prenhez da 154 FIV Sanchez, vaca Girolando Meio-Sangue que bateu o recorde mundial ao produzir 120,480 kg de leite em um único dia, pode ser solicitado, via WhatsApp, pelo telefone número (12) 9.9620-2555.

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